Continua tendo boa procura o curso concentrado de redação empresarial.
O curso é baseado no livro “Redação empresarial sem mistérios”, publicado pela Editora Gente. O texto de apresentação é do meu saudoso amigo Audálio Dantas, e o prefácio de Juca Kfouri.
O conteúdo teve por base as observações que fiz, ao longo de mais de 20 anos em redações de revistas, emissoras de TV e jornal, de erros comuns cometidos por repórteres e editores.
Compilei os erros, explicando as correções que devem ser feitas, sempre com bom humor. Mostro abaixo um exemplo.
A elipse
Neste trecho de um poema de Carlos Drummond de Andrade, foi subtraído o verbo da segunda frase, porque ficou subentendido. “A igreja era pobre. Os altares, humildes.”
Mas nem sempre a elipse é um bom recurso, porque se não for realizada adequadamente pode tornar o texto obscuro.
Veja o exemplo:
Um casal está se locomovendo, de carro, pela cidade. Seguem para a casa da sogra dele, com a mulher no banco de trás, cuidando do bebê. Numa certa altura, o bebê faz cocô, e a mãe troca a fralda dele. O marido comenta:
– Hum, ficou um cheirinho ruim no carro. Talvez a gente precise parar num posto de gasolina para jogar a fralda suja no lixo.
– Quer parar imediatamente? – pergunta a mulher.
O homem, pensando melhor, responde:
– Pode deixar. Acho que consigo esperar. Deixe que eu jogo a fralda suja na sua mãe.
Hein? Jogar a fralda suja onde?!
Calma, leitor. Não se trata de uma ofensa, Nem se trata de emporcalhar a velha senhora. Foi apenas uma forma de praticar uma elipse. Ele quis dizer que jogará a fralda suja no lixo da casa da mãe dela. Só não disse. Porque sabe que ela entenderia a expressão. Mas, se a mulher entendeu, porque ela e o marido costumam usar seguidamente esta espécie de elipse, outras pessoas, fora do círculo familiar, seguramente não entenderiam, e poderiam pensar que ambos estão loucos.